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Em setembro do ano ado, ocorreu problema semelhante no local. Na época, o ambientalista e morador da região, Gustavo Sardenberg, havia alertado para o agravamento das condições na região, atribuindo as mortes ao acúmulo de esgoto nos córregos que deságuam na lagoa.
"Os córregos estão todos poluídos, o que afeta diretamente a saúde da lagoa. Se o calor continuar e a falta de oxigênio piorar, as algas [que se proliferam devido à poluição] consomem ainda mais oxigênio. Isso cria um ciclo: o esgoto alimenta as algas, que consomem oxigênio, e os peixes acabam sem o que precisam para sobreviver", alertou ao ENFOCO.
Outro ponto crítico apontado é o estado de conservação do túnel que conecta a Lagoa de Piratininga ao mar. Segundo Sardenberg, o desmoronamento parcial da estrutura limita a troca de água e oxigênio, agravando o desequilíbrio ambiental.
"No Tibau, há um túnel que liga o mar à lagoa feito para melhorar a oxigenação e a troca de água. Mas, devido ao desmoronamento, apenas a água de ressacas muito fortes consegue ar, forçando a agem sobre as pedras. Isso piora ainda mais a situação da lagoa", acrescentou.
De acordo com a Prefeitura de Niterói, "a mortandade de peixes é decorrente de ondas de calor que aumentam a temperatura da água, reduzindo a concentração do oxigênio dissolvido".
Ainda segundo a nota, "o processo de assoreamento por décadas da lagoa, cuja camada de lodo chega, em alguns pontos, a 1,40 metro, contribui para a situação".
A Prefeitura relatou, porém, "que está implantando técnicas alternativas para reduzir a camada de lodo na Lagoa. Os estudos têm participação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e são realizados por empresas especializadas no setor".
"A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a concessionária Águas de Niterói, intensificou a fiscalização das casas que não estão ligadas à rede de esgotamento sanitário, contribuindo para a diminuição do lançamento de efluentes sem tratamento nas lagoas. E a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos está fazendo a retirada dos peixes com apoio da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) e da Associação de Pescadores e Amigos da Lagoa de Piratininga (Apalap)", finalizou a Prefeitura em nota.
Já o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que "enviou equipe ao local e, após vistoria, foi constatado que o motivo mais provável para a mortandade dos peixes é o baixo nível de água da lagoa, que influi na redução da oxigenação da água. O Inea continuará monitorando a situação".
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