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Rosana Pereira da Silva, de 51 anos, moradora do bairro Fonseca, na Zona Norte de Niterói, é uma das pessoas que estão com o nome negativado. Dona de casa e sempre organizada financeiramente, Rosana nunca imaginou que teria seu nome registrado no Serasa. No entanto, durante a pandemia de Covid-19, sua situação mudou.
“Sempre me organizei financeiramente, mas durante a pandemia não consegui pagar as contas. Tudo ficou mais difícil para quem não trabalha de carteira assinada. Eu vendo sacolés, e naquele momento as pessoas estavam muito assustadas. Não consegui vender e as contas apertaram. Me vi sem saída e acabei me tornando inadimplente”, contou.
Outro exemplo é o porteiro Jamilton Santos, de 52 anos, morador de Ipiíba, em São Gonçalo. Também com o nome negativado, ele tem se reinventado para regularizar sua situação financeira.
“Infelizmente estou com o nome sujo, mas meu objetivo esse ano é colocar tudo em dia. Para isso, faço 'bicos' como pintor nas minhas folgas, quando não estou trabalhando em minha jornada 12 por 36. Com isso, consigo uma renda extra e pago as contas atrasadas”, disse Jamilton.
Para o economista da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Luis Troster, a inadimplência no Brasil tem duas causas principais:
“A inadimplência ocorre por dois fatores: o primeiro é quem toma crédito de forma errada, e o segundo é quem empresta de forma irresponsável. Muitas vezes, decisões precipitadas de ambos os lados levam a esse quadro. Com a alta da taxa de juros, novos recordes de inadimplência e negativação são esperados, o que é um cenário preocupante”, afirmou.
A Serasa orienta estabelecer uma organização do dinheiro e adotar hábitos mais saudáveis financeiramente. Mesmo para quem não tem dívidas, o primeiro o deve ser a criação de um controle do seu orçamento mensal, entendendo o que entra e o que sai com ainda mais clareza.
A boa e velha planilha ou o caderninho podem ser bons aliados nesse momento de planejamento, para identificar as despesas, as prioridades de gastos e evitar surpresas desagradáveis ao final do mês.
Outra dica é definir metas financeiras, com objetivos claros, como pagar aquela dívida antiga, investir em um sonho a longo prazo, entre outros. Criar uma reserva de emergência também é fundamental para lidar com imprevistos, evitando recorrer a empréstimos ou a comprometer o orçamento mensal. Além disso, monitorar seu F e a pontuação de crédito podem ser boas ferramentas de análise das finanças pessoais.
Embora não seja possível indicar o meio de pagamento mais seguro, é essencial que o consumidor tenha cuidado, seja por boleto bancário, cartão de crédito, débito ou PIX. Cada forma de pagamento possui seus riscos, e é responsabilidade da loja garantir um ambiente seguro para a compra.
Ao longo desta semana, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e o Procon-RJ realizaram, pela primeira vez, um mutirão estadual em que os atendimentos foram feitos simultaneamente em Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Itaperuna, Mangaratiba, Petrópolis e Volta Redonda. O secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, reforçou a importância do evento.
“Esse mutirão foi extremamente importante para auxiliar os consumidores a renegociar as dívidas e poder voltar ao mercado de consumo com muito mais segurança e liberdade financeira”, afirmou Fonseca.
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