Achados e Perdidos
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A cúpula da CBF já havia decidido pela demissão de Dorival Júnior antes mesmo do encontro com Ednaldo Rodrigues, que serviu apenas para formalizar sua saída. O dirigente tem por hábito não considerar como encerrado um trabalho antes de uma reunião formal, mas o cenário já era irreversível.
O trabalho de Dorival Júnior vinha sendo questionado por dirigentes da CBF, que consideravam sua equipe previsível taticamente e sem uma base consolidada, devido às constantes mudanças nas convocações. Além disso, a presença de Lucas Silvestre, filho do treinador, como seu principal auxiliar, gerou insatisfação, pois limitava a influência de Juan, ex-zagueiro contratado para ser um contraponto técnico.
O ponto decisivo para a trajetória de Dorival Júnior foi a goleada sofrida para a Argentina, em Buenos Aires. Esse jogo representou o ápice de um processo de desgaste de seu trabalho que já ocorria desde a Copa América, há quase um ano.
Desde que assumiu a Seleção em janeiro de 2024, após deixar o São Paulo, Dorival convocou 58 jogadores e promoveu 19 estreias. No entanto, os resultados estiveram abaixo das expectativas, culminando na decisão de encerrar seu contrato antes do previsto para o fim da Copa do Mundo de 2026.
Agora, a CBF busca um novo comandante e deve priorizar um técnico estrangeiro. Nomes como Carlo Ancelotti (Real Madrid), Jorge Jesus (Al Ahly) e Abel Ferreira (Palmeiras) estão entre os cogitados, mas qualquer negociação só será iniciada após a definição do novo planejamento da entidade.
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