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As autoridades tiveram o a mensagens trocadas por meio do WhatsApp, que revelam detalhes tanto da rotina pessoal do criminoso quanto do funcionamento interno da facção.
De acordo com a investigação, Gregório montou uma espécie de centro cirúrgico em casa, onde ou por pelo menos três intervenções: a retirada de um projétil da cabeça, uma lipoaspiração e o implante capilar. A Polícia Federal aponta ainda que os procedimentos foram realizados com o apoio de profissionais da área de saúde cooptados pela organização.
Essas revelações fazem parte de uma investigação mais ampla sobre a atuação do Comando Vermelho e a influência mantida por seus líderes dentro das comunidades controladas pela facção.
No alto do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, o traficante construiu uma residência de luxo que se destaca na paisagem da comunidade. O imóvel conta com piscina, hidromassagem e oferece uma ampla vista da região da Fazendinha, uma das áreas mais visadas do morro. Em uma conversa telefônica com um aliado baseado no Paraguai, o criminoso demonstrou entusiasmo com a conclusão das obras.
Em março de 2022, após finalizar a reforma da área de lazer, "Professor" enviou um vídeo ao também líder do Comando Vermelho, Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o "Abelha". As imagens mostram o terraço decorado com sofás, cadeiras, plantas e uma piscina com cascata, tendo como pano de fundo parte da própria comunidade.
Em uma mensagem enviada em 16 de janeiro de 2022 a um comparsa, ele escreveu: "tô nem com energia não", refletindo o desgaste daquele momento.
Apesar de seu envolvimento direto na compra de armamentos, fuzis e pistolas usados pela facção, "Professor" cultiva uma imagem de liderança próxima aos moradores. Conforme informações da Polícia Federal, ele adota uma postura assistencialista, financiando eventos e ajudando a população local.
Entre suas ações mais conhecidas estão:
- Doação de brinquedos em datas comemorativas, como o Natal e o Dia das Crianças;
- Compra de medicamentos para moradores em situação de vulnerabilidade;
- Patrocínio de bailes funks e rodas de pagode organizadas na comunidade.
A ligação de Phillip da Silva Gregório com o crime organizado remonta há mais de dez anos. Em 2012, ele foi detido em flagrante portando comprovantes de transferências bancárias com valores elevados, destinados a traficantes da comunidade de Nova Brasília, uma das áreas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Durante a operação, a polícia também encontrou na residência de Phillip cadernos com anotações financeiras e registros nominais.
A partir desse episódio, ele ou a responder criminalmente por crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Foi nesse momento que seu nome apareceu pela primeira vez em um boletim de ocorrência.
Três anos depois, em março de 2015, Gregório foi novamente capturado, desta vez em um sítio localizado em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com a Polícia Federal, o local era usado como ponto estratégico para armazenar armas, drogas e munições adquiridas pela facção criminosa. O material era posteriormente distribuído para as comunidades controladas pelo grupo.
Em uma das salas do imóvel, os agentes encontraram 100 quilos de cocaína. Investigações com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram que, em um período de apenas 15 dias, o traficante movimentou cerca de R$ 1 milhão em negociações envolvendo entorpecentes e armamento.
Após ar por diversas unidades do sistema prisional, Phillip foi detido em Bangu 3 até o dia 20 de julho de 2018. Posteriormente, foi transferido para o Instituto Moniz Sodré e, em seguida, para o presídio Edgard Costa. No entanto, em 28 de setembro do mesmo ano, ele conseguiu escapar da prisão e, desde então, permanece foragido.
Depois da fuga, Gregório retornou ao Complexo do Alemão, onde começou a consolidar sua posição como figura de destaque dentro da facção criminosa. Entre os criminosos, ou a ser chamado de “matuto”, termo usado para identificar quem ocupa o comando das operações — responsável por negociar armamentos e entorpecentes, inclusive em articulações fora do país.
Para alguns investigadores, sua ascensão lembra a trajetória de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso em 2000 na Colômbia. Além disso, seu apelido “Professor” já o coloca como herdeiro simbólico de William da Silva Lima, um dos fundadores históricos do Comando Vermelho e antigo detentor exclusivo do título dentro da organização.
A partir de 2020, o nome de Gregório começou a surgir com mais frequência nas investigações sobre confrontos armados com forças policiais. Diferente de outros traficantes que atuam apenas nos bastidores como fornecedores, ele ou a ser identificado diretamente nas linhas de frente dos tiroteios.
Em 2021, um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais mostrou fuzis ostentando o nome “Professor”, chamando a atenção das autoridades e evidenciando o prestígio que ele alcançou dentro do crime organizado.
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