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Segundo o sociólogo e professor da UFRRJ, José Cláudio Souza Alves, os crimes podem estar fortemente ligados à briga política ou controle de territórios, principalmente pelo domínio de uma família na cidade.
Em Magé existe a Favela da Lagoa, que foi a que mais sofreu operações policiais ao longo do tempo, se comparando com toda a Região Metropolitana do Rio. Isso acontece porque a milícia entra em confronto com traficantes para dominar a área e ter o controle em toda a cidade, virando uma disputa perigosa.
Magé é uma das cidades mais violentas do Rio, sendo a sexta no ranking em homicídios em municípios que tem mais de 100 mil habitantes, segundo dados divulgados pelo "Atlas da Violência de 2024", do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Além disso, o professor detalhou que esses confrontos se agravam quando figuras públicas disputam o poder.
"A relação entre a violência política e a situação de insegurança na Baixada Fluminense não é acidental. A região sofre com um histórico de marginalização e ausência de investimentos, o que cria um ambiente fértil para o fortalecimento de facções e práticas violentas. Em muitos casos, os homicídios têm como motivação disputas por controle de territórios e recursos, o que se agrava quando há envolvimento de figuras públicas que disputam o poder local", explicou o sociólogo.
De acordo com José Cláudio, o principal é investir e fortalecer a segurança, sempre de forma eficaz e transparente.
"É fundamental fortalecer as instituições de segurança pública e promover a presença do Estado em áreas vulneráveis, garantindo um sistema de justiça mais eficiente e transparente. Além disso, é crucial fomentar uma cultura de diálogo e resolução pacífica de conflitos, com programas de mediação política que envolvam a sociedade civil, as forças de segurança e os líderes locais, a fim de reduzir as tensões e a violência política", contou.
O caso do vereador Silmar Braga liga ainda mais o sinal de alerta e evidencia a violência contra pessoas que disputam o poder na região, principalmente políticos.
Procurada, a Polícia Civil limitou-se ao dizer que "diligências estão em andamento para apurar a motivação do crime e identificar a autoria".
Magé tem uma população estimada em cerca de 250 mil habitantes, segundo dados do IBGE de 2023. A cidade é conhecida por abrigar o Parque Natural Municipal de Magé, que é uma importante área de preservação ambiental. Sua geografia possui um território predominantemente rural, com diversas comunidades que enfrentam desafios como o o a serviços públicos e infraestrutura básica.
Economicamente, Magé tem sua base em atividades como agricultura, comércio e, mais recentemente, a expansão de alguns polos industriais. Apesar disso, o município ainda lida com altos índices de pobreza e violência, o que tem gerado preocupação tanto entre os moradores quanto nas autoridades públicas.
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