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No entanto, o vínculo afetivo com as bonecas pode ultraar os limites do saudável. Segundo Luana, é importante observar quando o uso se torna um substituto dos vínculos humanos e a a afetar a vida social e emocional da pessoa.
Quando a boneca deixa de ser um objeto simbólico e começa a ocupar o espaço de uma relação real, impedindo a pessoa de lidar com perdas, frustrações ou de estabelecer conexões com o mundo, isso pode ser um sinal de sofrimento psíquico que merece atenção
Nos casos mais extremos, há registros de pessoas que levam bonecas reborn a prontos-socorros ou UPAs simulando emergências, o que pode confundir profissionais de saúde e indicar um nível preocupante de delírio afetivo. Já ocorreram também disputas judiciais envolvendo a “guarda” de uma boneca, o que evidencia como o apego pode extrapolar o limite simbólico e adentrar o campo da realidade psíquica alterada.
Para Luana, é importante lembrar que adultos também utilizam elementos do mundo lúdico como forma de prazer e regulação emocional — como no caso dos games.
“Não há problema em um adulto brincar, jogar ou cuidar de algo simbólico. O que precisamos avaliar é a intensidade, a frequência e, principalmente, o impacto na vida real. Quando há prejuízo funcional ou sofrimento, é sinal de que algo precisa ser olhado com mais cuidado”, orienta.
Esse tipo de comportamento pode estar associado a quadros como depressão, transtornos de ansiedade ou mesmo luto não elaborado.
“Há pessoas que alimentam uma fantasia intensa com o reborn, tratando-o como um bebê real em todos os aspectos. Se isso vier acompanhado de isolamento, recusa em lidar com outras pessoas, ou sofrimento evidente ao se separar da boneca, é importante procurar ajuda especializada”, complementa.
Para familiares e amigos que convivem com alguém muito apegado a uma boneca reborn, o olhar deve ser de acolhimento, sem julgamentos, mas com atenção aos sinais.
“Nem todo apego é patológico. O problema não está no objeto em si, mas na função que ele cumpre na vida da pessoa. Se ela está emocionalmente estável, mantendo uma rotina funcional, e usa a boneca como hobby ou expressão afetiva, não há motivo para preocupação. Mas se há sofrimento envolvido, a escuta e o e psicológico são fundamentais”, conclui Luana.
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