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Apesar dos momentos difíceis no pós-cirúrgico, o maestro permanece otimista. Ele acredita estar curado, mas alerta que, embora o câncer tenha sido extirpado, "é evidente que sempre pode haver uma reincidência. Mas não vai ser o meu caso", disse.

João Carlos Martins também relatou as complicações inesperadas durante a recuperação. Durante a cirurgia, foi alertado sobre os riscos, como uma possível perfuração do intestino.

"Depois que fiz uma tomografia com contraste, a equipe entrou no meu quarto e disse: 'você está correndo o risco de ter seu intestino delgado perfurado'. Havia uma obstrução e as fezes já estavam perto da circulação", explicou.

O maestro comparou a experiência a uma "operação de guerra" e revelou como a situação se complicou ainda mais com uma intervenção de emergência que durou 24 horas.

"Injetaram um litro [de uma substância para desobstruir o intestino]. Era como se eu estivesse em uma galeria de esgoto. Eu preciso ser trocado de meia em meia hora. Meu Deus do céu! Foi a pior noite da minha vida. Fiquei traumatizado. Eu durmo e acordo com isso", relatou.

Apesar do sofrimento, João Carlos Martins não se deixou abater. "Mas, graças a Deus, eles me salvaram", completou. O maestro finalizou a conversa com uma reflexão sobre a vida. "Não tenho medo da morte", afirmou.

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