Achados e Perdidos
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"Ele rosnou, eu me afastei e ele mordeu e se encolheu na mesma hora. Era como se tivesse entendido que fez algo errado", relatou. A mordida atingiu diretamente o lábio superior de Natani, que precisou de atendimento médico e agora se prepara para uma cirurgia de reconstrução facial.
O impacto não foi apenas físico. Natani revelou abalo emocional profundo após perder o cão. “Por eu ser da área da saúde, consigo lidar com o ferimento. Mas não ter mais o meu animal e não ter mais estrutura psicológica para tê-lo perto de mim está de alguma forma mexendo muito comigo”, desabafou.
A decisão pela eutanásia foi tomada por Tiago, marido de Natani, que levou o animal à Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal de Ji-Paraná. Ele explicou que o fez por temer pela segurança da esposa e dos filhos. Veterinários e adestradores avaliaram o comportamento do cão, que foi classificado como perigoso para convívio.
“Eu levei ao centro, me pediram 10 dias para investigar se se tratava de raiva ou algum outro problema. Quando voltei lá, me informaram que ele não estava comendo havia três dias, se recusava a levantar e tentou atacar algumas pessoas”, contou Tiago.
Natani compartilhou sua história nas redes sociais, onde recebeu apoio e alertou outros tutores sobre a importância de observar o comportamento de seus animais e buscar orientação de adestradores. "Não quero que se desfaçam de seus animais por causa do que aconteceu comigo. Só digo para procurarem um adestrador", enfatizou.
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