Achados e Perdidos
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Próximo artigo“Eu tive a sorte de ter a oportunidade de trabalhar com o Wagner Moura, um grande ator e uma grande pessoa. Espero que este filme lhe traga coisas maravilhosas. Obrigado ao júri e à presidente Juliette Binoche”, disse o cineasta, emocionado, na hora do agradecimento.
O filme "O Agente Secreto" chegou ao festival como um dos mais comentados da mostra. A trama, que se a no Recife em 1977, acompanha um pesquisador, interpretado por Wagner Moura, que é perseguido por homens violentos. Apesar de não ser exatamente sobre a ditadura militar, o longa faz uma crítica pesada à violência e à corrupção daquele período, misturando realidade e elementos fantásticos para falar de memória e resistência.
A recepção foi de tirar o chapéu. Na estreia, no último domingo (18), foram 15 minutos de aplausos, além de muitos elogios da imprensa internacional, que destacou a estética caprichada e a ousadia do diretor pernambucano.
E não parou por aí. Antes mesmo do anúncio dos prêmios principais, "O Agente Secreto" já tinha levado pra casa o troféu da Fipresci, dado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, reforçando o favoritismo do longa na reta final do festival.
O feito de Wagner Moura se junta ao de outras brasileiras que já brilharam em Cannes. Fernanda Torres venceu em 1986, por "Eu Sei que Vou Te Amar", e Sandra Corveloni ganhou em 2008, por "Linha de e", ambas na categoria de melhor atriz.
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